quinta-feira, 31 de maio de 2007

Assembléia Geral dos estudantes discute reivindicações e marcha à reitoria

Assembléia Geral dos estudantes da UFMT discute reivindicações
e organiza marcha até o prédio da reitoria


Pela manhã de hoje, quinta-feira (31), no saguão do Instituto de Linguagens (IL), a Assembléia Geral dos estudantes da UFMT foi espaço para a discussão de mobilizações e reivindicações diversas. Concentrando um grande número de alunos, a Assembléia também deliberou a respeito de uma marcha até o prédio da reitoria. O acampamento dos estudantes, que desde quarta-feira (23) instalou-se ao lado do Restaurante Universitário, será transferido para a frente do prédio da reitoria na segunda-feira (4). Os estudantes se concentrarão no saguão do IL às 9h para o início da marcha.


Alunos, técnicos e professores também estiveram presentes na Assembléia.

Eis os pontos destacados:

O SINTUF (Sindicato dos Trabalhadores), através de representante, ressaltou a importância do trabalho dos técnicos para o funcionamento da universidade e declarou apoio ao movimento dos estudantes por parte do seu comando de greve.

Estudante de História, membro do COENEH (Comissão de Organização do Encontro Nacional dos Estudantes de História), mostrou se identificar com as reivindicações do movimento dos acampados. O estudante tratou da dificuldade de se conseguir realizar no espaço da UFMT um encontro estudantil como o ENEH (Encontro Nacional dos Estudantes de História).

Morador do C.E.U (Casa do Estudante Universitário) defendeu a ampliação da moradia estudantil, lembrando que a UFMT é a universidade que possui menos vagas para abrigar estudantes.

As câmeras instaladas no campus foram lembradas como instrumento de opressão, assim como a presença da PM, que o reitor carinhosamente chama de Polícia Comunitária.

A Enfermagem pediu apoio contra a transformação do HUJM (Hospital Universitário Júlio Müller) em fundação estatal. A transformação, que abriria espaço para a privatização de setores do hospital, lesaria a prática de estágios dos estudantes de Enfermagem. Um seminário, ainda sem data marcada, pretende discutir o assunto.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Assembléia dos estudantes de Comunicação Social

Estudantes de Comunicação Social encaminham suas reivindicações
em Assembléia; nova Assembléia está marcada para quinta-feira (31)



Na manhã desta terça-feira (29), estudantes do curso de Comunicação Social discutiram e encaminharam as reivindicações específicas do curso em Assembléia realizada no saguão do IL (Instituto de Linguagens). A Assembléia, assistida por mais de 120 pessoas, contou com a presença do reitor Paulo Speller e de outros representantes da administração superior.

Os estudantes de Comunicação confirmaram seu apoio ao acampamento de protesto que acontece ao lado do Restaurante Universitário desde quarta-feira (23). Além de compartilhare das reivindicações dos acampados, os alunos de Comunicação também se movimentam para que
suas necessidades específicas sejam atendidas.

Democracia na UFMT
A Assembléia, organizada para uma discussão dos estudantes de Comunicação a respeito de seu movimento reivindicatório, abriu espaço para a fala de todos. O professor Roberto Boaventura, após fala do reitor, exigiu a anulação das sindicâncias abertas contra alunos da instituição por conta de posicionamentos políticos críticos à administração superior. O reitor Paulo Speller solicitou que as exigências do professor Roberto Boaventura fossem encaminhadas a ele por escrito, proposta que foi aceita pelo professor. Roberto Boaventura regularmente publica seus textos em um informativo online e comprometeu-se a publicar este documento um dia após a leitura do reitor. Speller garantiu que sua resposta ao texto seria dada e publicada em breve. O fechamento das sindicâncias contra estudantes faz parte da lista de reivindicações do movimento dos acampados.

Assembléia Geral
O saguão do IL será novamente local de discussões dos estudantes. Na próxima quinta-feira (31), será realizada uma Assembléia Geral dos estudantes, com início marcado para as 9h da manhã.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Pauta de Reivindicações da Comunicação Social

Pauta de Reivindicações da Comunicação Social

Lista de Equipamentos e Projeto Elétrico do Bloco de Comunicação.

Desde o roubo dos equipamentos dos Laboratórios de Comunicação, que já eram deficitários, os alunos e professores vêm sofrendo com a enorme dificuldade da pratica de conteúdos que necessitam dessas ferramentas.

Contratação de Professores Efetivos e Técnicos Especializados.

Um terço dos professores do curso é de professores contratados, e dentre os efetivos há ainda os de Dedicação Exclusiva que sabidamente trabalham em outras instituições de ensino. Apenas recentemente houve a contratação de UM técnico que tem conhecimento na área dos equipamentos utilizados pelos alunos e professores, e mesmo os trabalhos desse técnico ficam dificultados pela falta de equipamentos. Solicitamos também uma investigação para apurar a atual situação do quadro de servidores deste departamento e que o resultado e a solução desta investigação sejam tornados públicos.

Liberação das Salas do Instituto de Linguagens ocupadas pelo ICHS.

Existem mais de 10 salas ocupadas atualmente pelo ICHS (Instituto de Ciências Humanas e Sociais) no IL (Instituto de Linguagens). Ao mesmo tempo, alunos de comunicação, em turmas de mais 45 alunos, se apertam em salas que não contam com espaço suficiente para acomodá-los com o mínimo de conforto. Além disso, o acervo da Biblioteca Rubens de Mendonça ocupa o espaço reservado para o convívio social dos alunos no saguão do Instituto. Entendemos e nos solidarizamos com a situação dos estudantes do ICHS, que ainda esperam pela entrega do prédio de seu instituto.

Reestruturação da Grade Curricular e Volta do Regime de Crédito.

É essencial a renovação da grade curricular do curso. Não apenas por conta de sua desatualização, mas também pela sua estrutura, que adianta matérias e dificulta a construção progressiva do conhecimento. Além disso, o regime Seriado tem trazido enormes dificuldades nas matriculas dos alunos, também coibindo-os de construir sua própria planilha de estudos.

Qualificação dos Professores já efetivos.

Boa parte dos professores efetivos precisa de atualizações e de melhorias em sua formação. Portanto, torna-se necessária a criação de um programa de atualização e especialização do corpo docente. Fica a cargo do Departamento a construção deste programa, consoante às necessidades do quadro de docentes.

Ampliação do numero de bolsas ofertadas para alunos de Comunicação Social.

A TVU (TV Universitária) e Jornal da UFMT podem ampliar o número de alunos de comunicação social que sejam bolsistas nestes programas. Também no centro cultural existem bolsas que poderiam ser destinadas a estes alunos, ao invés de serem confiadas a alunos do CEFET. Projetos de extensão como a revista da Pró-Vivas devem dar prioridade aos alunos de comunicação ao distribuir suas bolsas. Exige-se a criação de uma rádio universitária, esta administrada tecnicamente pelos alunos de comunicação social e com produção de conteúdo livre acessível a estudantes de qualquer curso da UFMT. Faz-se necessária a instalação de uma sindicância que apure irregularidades na TVU, no Jornal da UFMT e no caso da concessão de freqüência de rádio perdida pela UFMT. Essa sindicância tem de tornar públicos seus resultados e relatórios.

Colocação de bebedouros no IL.

O único bebedouro à disposição dos alunos de comunicação está sem funcionamento e mesmo enquanto funcionava atendia mais de 300 alunos! Um bebedouro para 360 alunos!!

sábado, 26 de maio de 2007

Manifesto

O atual quadro do ensino superior em nosso país não é nem um pouco positivo. Descaso, sucateamento e direcionamento de todo o ensino e pesquisas à uma lógica cada vez mais mercantilista, onde os interesses do mercado prevalecem aos interesses e necessidades da maioria da sociedade. Isso tudo é apenas parte do que temos nos deparado atualmente na busca por uma universidade que seja de fato pública, gratuita, de qualidade e a serviço das demandas da sociedade.

O atual projeto de Reforma Universitária, tão pouco discutido nas universidades por suas administrações, ao invés de solucionar esses problemas vem aprofundá-los, na medida em que confunde as instituições públicas com as privadas, concede benefícios exorbitantes à essas últimas, congela o destino de verbas públicas para as instituições públicas, fomenta a instituição de ensino à distância nas universidades públicas, insere um modelo de pós graduação paga – inclusive com titulação de mestrado e doutorado, elimina os concursos para contratação de servidores e terceiriza esses setores, além de escancarar as portas das mesmas às fundações privadas.

Todo esse quadro de descaso à educação superior manifestado nas políticas do governo federal se manifesta em nosso cotidiano na UFMT. Excesso de professores substitutos, extremamente mal remunerados, falta de estrutura para os laboratórios e biblioteca central, falta de técnicos administrativos, moradia e assistência estudantil, dentre outros fatores.

Paralelo a tudo isso, enfrentamos dentro das universidades um forte grau de repressão por parte de suas Administrações Superiores à toda forma de crítica manifestada. Atualmente na UFMT há sindicâncias contra manifestações de estudantes e professores que podem levar a punições. Outro indício de repressão é a dificuldade que a Administração impõe em ceder estrutura para encontros do movimento estudantil, enquanto para encontros de outro porte, inclusive com fins comerciais, as mesmas dificuldades não ocorrem.

A situação é cada dia mais crítica e exige uma resposta clara e direta por parte de toda a comunidade acadêmica. Unificar as lutas e defender o ensino público e a liberdade de expressão, eis porque acampamos no campus da universidade e chamamos toda a comunidade universitária e os movimentos sociais e sindicais a se juntarem conosco.






1º - Anulação imediata de todos os processos e sindicâncias de perseguição política vigente e não à abertura de novos processos com o mesmo intuito! Fim imediato dessa perseguição e início da liberdade de expressão dentro do campus da UFMT!

2º - Que a universidade, a modelo do encontro da SBPC, reconheça, dê absoluto apoio e ceda estrutura aos encontros estudantis: salas para alojamento, gráfica universitária, e outros.

3º - Contra o decreto que extingue cargos no quadro de servidores da universidade pública e abertura imediata de concurso público para contratação de servidores; ampliando o quadro das categorias deficitárias, pois estas, diferente das privatizadas, tem um maior comprometimento com a universidade pública.

4º - Ampliação do C.E.U. – Casa do Estudante Universitário. Realização de uma análise pela Comunidade Acadêmica do projeto existente para construção do C.E.U. dentro do campus de Cuiabá e que este projeto seja discutido com representantes do CEU atual. Após esta análise início imediato dessa construção.

5º - Utilização do espaço ao lado do RU – antigo Banco Real – para um espaço de vivência estudantil, que comporte a criação de uma Rádio Livre que será coordenada por um conselho formado por todas as entidades estudantis da UFMT e com abertura para demais movimentos sociais.

6º - Ampliação e Fortalecimento da Biblioteca Central. Apoio às atuais demandas dos servidores da Biblioteca e capacitação para suas funções específicas. Estender o horário de atendimento da Biblioteca Central até às 18:00h aos sábados.

7º - Realização de uma jornada de discussão sobre a Reforma Universitária, com palestras, seminários, etc. Que esta programação seja construída com a Administração Superior, Adufmat, Sintuf e DCE.

8º - Esclarecimento Público sobre a entrada de todas as empresas privadas na universidade (UniSelva, DocCenter, Arca Incubadora, etc.). Abertura de investigação para apurar irregularidades nos processos de entrada dessas empresas no campus na UFMT.

9º - Por Café da Manhã no Restaurante Universitário – das 6:30h às 8:00h – para atender às necessidades de estudantes ! Pela melhoria e variedade das refeições.

10º - Que a Universidade se posicione publicamente contra os seguidos aumentos da tarifa de transporte público, utilizando-se de seu estudo em conjunto com a UFRJ que aponta a exclusão de 200 mil pessoas com a tarifa a R$1,60; pela implementação de uma tarifa-social de transporte público e ampliação do Passe-Livre. Educação não é só em sala de aula!