quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Proxima reuniao para construção da Jornada de Luta Contra Reforma Universitária!

Mesmo após o levante dos acampados da UFMT no dia 20 de julho, após quase dois meses de acampamento, continuamos na luta contra essa reforma que o governo federal quer implantar.
Nessa sexta-feira, dia 3 de agosto às 9:00 horas da manha, será realizada mais uma reunião para construção dessa jornada de lutas. Contamos com todos interessados em participar dessa construção!

Entao:

Local: ADUFMT
Horas: 9:00 horas
Assunto: Construção da Jornada de Lutas Contra Reforma Universitária.

NÃO ESTÁ MORTO QUEM PELEIA!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Reunião para organização da Jornada Contra Reforma Universitária!

Nesta sexta-feira, 20 de julho de 2007, irá acontecer uma reunião para construção da Jornada Contra Reforma Universitária.
Acontecerá na ADUFMT, às 9:00 hrs. Estarão presentes: ADUFMT, ANDES, SINTUF, DCE, Estudantes Acampados e todos que estiverem interessados em estar construindo juntos essa luta contra privatização do ensino público.


Todos juntos na luta!

Anexo sitado na carta resposta, pauta nº 7.

Processo n.º: 23108.026110/04-0

Interessado: Conselhos Superiores da UFMT

Assunto: Anteprojeto de Lei da Educação Superior



DECISÃO N.º 02/2005


Os Conselhos Superiores da Universidade Federal de Mato Grosso, reunidos em sessão conjunta realizada no dia 29 de junho de 2005, deliberou:


1 - Reafirmar e apoiar os encaminhamentos para consolidação da autonomia da Universidade Pública Brasileira.

2 - Reafirmar a insuficiêcia da proposta para financiamento da manutenção e expansão das IFES.

3 - Indicar a proposta da ANDIFES como a mais adequada para esta finalidade.

4 - Indicativamente manifestar nossa preocupação no item relativo a assistência estudantil, sugerindo que se acrescente pelo menos 10% (dez por cento) ao orçamento de custeio das IFES com esta finalidade.

5 - A Associação docente propôs a constituição de fórum de debates e a realização de assembléia conjunta entre os três segmentos da comunidade universitária para aprofundamento das discussões, o que foi apoiado na reunião Conjunta dos Conselhos Superiores.



SALA DAS SESSÕES DOS ORGÃOS COLEGIADOS SUPERIORES, em Cuiabá, 29 de junho de 2005.



Paulo Speller

Presidente



_____________________________________________________



Ofício n.º 01/CS/2005 Cuiabá, 30 de junho de 2005



A Sua Senhoria o Senho
Oswaldo Baptista Duarte Filho
Presidente da ANDIFES
Brasília-DF



Comunicamos a Vossa Senhoria que os Conselhos Superiores da Universidade Federal de Mato Grosso, reunidos em sessão conjunta realizada no dia 29 de junho de 2005, para discutir o Anteprojeto de Lei que estabelece Normas Gerais da Educação Superior, deliberou:
1 - Reafirmar e apoiar os encaminhamentos para consolidação da autonomia da Universidade Pública Brasileira.

2 - Reafirmar a insuficiêcia da proposta para financiamento da manutenção e expansão das IFES.

3 - Indicar a proposta da ANDIFES como a mais adequada para esta finalidade.

4 - Indicativamente manifestar nossa preocupação no item relativo a assistência estudantil, sugerindo que se acrescente pelo menos 10% (dez por cento) ao orçamento de custeio das IFES com esta finalidade.

5 - A Associação docente propôs a constituição de fórum de debates e a realização de assembléia conjunta entre os três segmentos da comunidade universitária para aprofundamento das discussões, o que foi apoiado na reunião Conjunta dos Conselhos Superiores.
Atenciosamente,
Paulo Speller
Presidente dos Conselho Superiores da UFMT

Carta resposta da reitoria à contra resposta dos acampados!

Ofício N.º 275/GR/2007 Cuiabá, 11 de Julho de 2007.





À
Comunidade Estudantil
Campus de Cuiabá da UFMT
N e s t a


Assunto: OF 030/07, de 29/06/2007



Prezados (as) Senhores (as),


Com os nossos cumprimentos, em atenção ao constante do expediente acima referido, temos a expor os seguintes pontos:



1º - Processos e Sindicâncias
Resp. A administração superior da UFMT reitera que sempre defendeu e continuará a defender a liberdade de expressão na universidade. Nesse sentido, não há "processo de perseguição política".



2º - Encontros Estudantis
Resp. Sugerimos que seja encaminhada proposta à representação estudantil no Conselho Universitário da UFMT, instância onde são tratados os temas dessa natreza, para que seja discutida e apreciada.



3º - Contra decreto que extingue cargos
Resp. Não se trata de uma demanda processual, mas sim de uma luta política, histórica, que vem sendo ensejada desde o início dos anos 90, como uma pauta geral de todas as Instituições Federais de Ensino Superior e suas instâncias organizativas (servidores docentes e técnicos, e estudantes). Como já informado, o reitor da UFMT tem feito gestões incansáveis junto ao Ministério da Educação, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Casa Civil e Presidência da República, inclusive como Presidente da ANDIFES nos últimos anos. Portanto, podemos considerar como resultado desses esforços, o recente anúncio da abertura de concurso público para provimento de aproximadamente de 5.000 (cinco mil) vagas de técnicos administrativos nas Ifes.



4º - Ampliação da CEU
Resp. Atendendo a demanda dos estudantes no que diz respeito a " 'ampliação da CEU' e não simplesmente 'construção da CEU dentro do campus' ", foi realizada uma reunião no dia 10/07/07 (terça-feira), às 16:00 horas, na PROVIVAS, com a participação da PROPLAN e da PROAD, e sua viabilização está em curso.



5º - Criação de uma Rádio Livre
Resp. Reforçamos a importância da iniciativa e está mantida a disposição de cessão do referido espaço para o funcionamento da rádio. Já estão em andamento articulções entre os estudantes e os professores José Afonso Portocarrero (Arquitetura) e Maria de Fátima Roberto (Antropologia) para tratar da utilização do espaço ao lado do RU.



6º - Ampliação e Fortalecimento da Biblioteca Central
Resp. Foi realizada a reunião na data e horário solicitados, com a participação da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação e da Coordenação da Biblioteca Central. Reiteramos que a administração entende que os esforços para a melhoria da biblioteca devem ser permanentes.



7º - Discussão sobre Reforma Universitária
Resp. Na sexta-feira, dia 22 de Junho, às 14 horas, o Pró-Reitor de Pesquisa, Paulo Teixeira, esteve representando o reitor na reunião marcada pelos estudantes. Estiveram também presentes as pró-reitoras Matilde Crudo, Marinêz Isaac Marques, Marilda Matsubara e Teresa Higa. Na ocasião, foi feito um resgate das ações da administração, através da criação de uma comissão que coordenou os debates sobre a reforma universitária, tendo sido realizado um em cada campi. Também foi aberto link no portal da UFMT para o envio de sugestões, que foram sistematizadas e, juntamente com o resultados dos debates, apresentados ao CONSUNI, que se posicionou, encaminhando um documento ao MEC. Infelizmente, o texto não foi contemplado na atual proposta em discussão no Congresso. Diante da proposta de realização de mais uma série de debates sobre o mesmo tema, ficou acordada uma reunião na sexta-feira, dia 29/06, às 10:30 horas na ADUFMAT, onde se discutiria calendário e estratégias de mobilização de toda a comunidade acadêmica. A Administração Superior continua à disposição para a realização de novas rodadas de discussão sobre o tema. Conforme solicitado, o documento encaminhado pelo CONSUNI ao MEC está disponibilizado (anexo).



8º - Esclarecimento sobre empresas privadas na UFMT
Resp. Reiteramos a regularidade das entidades mencionadas e reafirmamos a disponibilidade da documentação pertinente para consulta, por ser demasiadamente volumosa e extensa, junto à PROAD/Coordenação Finaceira.



9º - Café da Manhã no RU
Resp. Aguardamos propostas a serem apresentadas a partir do diálogo estabelecido entre o movimento estudantil e a PROVIVAS.



10º - Posicionamento contra os aumentos do Transporte Público
Resp. O seminário sugerido será apoiado. A proposta formal contendo o tema, objetivo e demais informações necessárias para sua realização deve ser encaminhada junto à Provivas.



11º - Não à redução de carga horária nos cursos de licenciatura
Resp. Conforme vasta documentação disponível na página do MEC (http://portal.mec.gov.br/cne) referente às Diretrizes Curriculares Nacionais, a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, será efetivada mediante a integralização de, no mínimo, 2.800 (duas mil e oitocentas) horas, nas quais a articulação teoria-prática garanta, nos termos dos seus projetos pedagógicos, as seguintes dimensões dos componentes comuns:

I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo do curso;
II - 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda metade do curso;
III - 1800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares de natureza científico-cultural;
IV - 200 (duzentas) horas para outras formas de atividades acadêmico-científico-culturais.
Trata-se de carga horária mínima a ser efetivada de acordo com os projetos pedagógicos, a serem elaborados pelos colegiados de curso de cada instituição. Conforme preceitua a LDB e outros marcos legais, a universidade tem autonomia para fixar as cargas horárias de seus cursos, respeitados os mínimos sugeridos nas diretrizes.
A UFMT, desde 2002, vem debatendo intensamente as readequações às diretrizes curriculares, sendo que alguns cursos já se adequaram à legislação vigente e outros ainda se encontram em processo de discussão.
No ano de 2007, em função dos prazos legais, a PROEG, dando continuidade ao debate sobre as licenciaturas, desenvolve oficinas sobre formação de docentes, envolvendo representantes docentes e discentes do colegiados de curso. A ultima ocorreu no mês de maio, que contou com mais de 100 participantes, reunidos no Hotel Fazenda Mato Grosso, durante dois dias de intenso trabalho. Então previstos, ainda, o Seminário sobre Formação Docente no mês de julho e uma nova oficina, em agosto, para aprofundamento das concepções sobre prática enquanto curricular, resgatando experiências em curso na UFMT e em outras instituições públicas.
Cabe à PROEG orientar os cursos sobre as normas vigentes, propiciar os debates, para deliberação soberana pelas instâncias colegiadas a respeito do projeto pedagógico do curso.
Reiteramos nosso compromisso emdefesa da qualidade do ensino público, o que exige uma sólida formação teórica e prática.

12º - Alimentação à CEU e manutenção das bolsas alimentação
Resp. Pauta atendida.

13º - Contra a transformação do HUJM em fundação estatal
Resp. Está agendada a reunião proposta para o da 11/07/2007, a ser realizada com a participação do Diretor-Superintendente do HUJM, às 14h:30 da referida data.


Atenciosamente,


Paulo Speller
Reitor

Resoluções da Plenaria Nacional da Educaçao.

Antes de tudo quero esclarecer os motivos da demora de estar sendo atualizado constantemente o nosso blog. Passamos por varios problemas, como em todas as ocupações nacionais, aqui um dos nossos problemas é o contato inconstante com a internet para estar sendo repassado todo ocorrido da nossa organização e das nossas lutas. Nesse momento estarei dando as resoluções da PNE que ocorreu na USP no dia 16 de junho deste ano.
Continuamos nos esforçando para sempre estarmos colocando toda informação aqui.
Segue entao abaixo as resoluções:
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Resoluções da Plenária Nacional em Defesa da Educação
realizada na ocupação da USP


- Contra a reforma universitária de Lula e FMI!
- Abaixo os decretos estaduais e o decreto de Lula (REUNI), que ferem a autonomia das Universidades!
- Educação não se faz por decreto! Em defesa da autonomia universitária!
- Mais verbas públicas para a educação pública!
- Diretas Já para reitor, diretor de unidade e conselhos, sem necessidade de titulação! Fim da lista tríplice!
- Estatização das Universidades privadas! Expansão das vagas nas públicas!
- Pela constituição de uma política nacional para assistência estudantil!
- Pela realização de congressos estatuintes tripartites paritários que questionem a estrutura de poder nas Universidades!
- Luta pela educação pública básica e, a partir da escola pública básica de qualidade, o conseqüente fim do vestibular!
- Realizar grupos de discussão sobre os ataques às Universidades e à educação, com objetivo de produzir textos sobre o tema!
- Organizar a luta contra as opressões junto com os trabalhadores!
- Passe livre já para os estudantes e desempregados!
- Fora fundações privadas da Universidade!
- Todo apoio à greve dos servidores técnico-administrativos federais! Contra a Reforma da Previdência de Lula, o PAC e o PLP 01/07! Contra a transformação dos Hospitais Universitários em fundações estatais!
- Contra o fim do direito de greve!
- Todo apoio às ocupações de reitorias!

- Adesão à campanha da Conlutas contra a criminalização dos movimentos sociais, em defesa de todos os estudantes e trabalhadores ameaçados por perseguições e/ou demissões, citando todos os casos concretos que estão acontecendo!

- Buscar apoio da Conlutas, Intersindical, parlamentares, intelectuais, partidos de esquerda, etc. para essa campanha!

- Que as entidades estudantis façam cartazes, boletins e adesivos para impulsionar essa campanha!

- Colocar a luta contra a repressão/punições como um dos eixos dos atos e ocupações de todo o país!

-Unir a esquerda para retomar as entidades de base!

- Fortalecer a frente nacional de luta contra a reforma universitária!

- Fortalecer e impulsionar os comitês da frente em cada Universidade!

- Encaminhar para a Frente Nacional de luta contra a reforma universitária organizar as propostas aprovadas nesta plenária!

Calendário de lutas aprovado:

- 13 de julho – ato nacional no PAN com o conjunto dos movimentos sociais
- 13 a 15 de agosto – semana nacional de ocupação das Universidades pelos movimentos sociais
- Terceira semana de agosto – dia nacional de lutas
- Semana do 07 de setembro – plebiscito sobre a reestatização da Vale do Rio Doce
- Semana de 18 a 22 de setembro – semana nacional de ocupações de reitoria
- Adesão à campanha de boicote ao ENADE
- Realizar um encontro nacional de estudantes no segundo semestre
- Propor as entidades estudantis e a Frente Nacional de Luta contra a Reforma Universitária que discutam e organizem esse encontro.
- Outubro – Marcha Nacional a Brasília


- Construir uma greve nacional da educação para derrotar os ataques do governo Lula!

Outras resoluções:

- Contra a cobrança de carteririnhas estudantis para estágios por parte dos conselhos profissionais!
- Realizar debates, grupos de estudos sobre o projeto de Universidade que o movimento estudantil combativo quer, de modo que ele seja alternativo à política educacional dos governos estaduais e do governo Lula!
- Fortalecer as executivas de curso e a FENEX!
- Contra a transposição do Rio São Francisco!
- Não ao aparelhamento do movimento estudantil por partidos políticos! Os partidos são bem vindos para apresentarem suas discussões!
- Pelo veto à emenda 3 que joga no ralo o direito dos trabalhadores!
- Aplicação das ações afirmativas (cotas) nas Universidades públicas, com proporção à população negra de cada estado!
- Contra a extinção do quadro dos técnico-administrativos de cargos como cozinheiro, segurança, etc! Não à terceirização!

Moções aprovadas:

- Repúdio à demissão dos 28 servidores de Maringá! Pela imediata reincorporação ao trabalho!
- Apoio à greve dos servidores da Fasubra!
- Repúdio a Silvio Sawaya, diretor da FAU/USP!
- Apoio aos estudantes que estão em luta pela redução das tarifas de ônibus em Florianópolis!
- Carta aberta aos professores das Universidades públicas paulista para que permaneçam mobilizados!
- Aviso ao governo de São Paulo e ao CRUESP: se houver punições o movimento vai responder com mais luta!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Mais uma vitória dos Estudantes Acampados!

Hoje no período da tarde, o aluno de Direito Maurício Ferreira da Silva Júnior e o professor Roberto Boaventura da Silva Sá foram chamados pelo reitor Paulo Speller para uma reunião sobre as Sindicâncias Administrativas nas quais foram enquadrados por participação em manifestações dentro do campos da UFMT.
Essa reunião resultou em mais um passo em nossas lutas, e, mostra que nossa resistência dentro do acampamento não é em vão.

Abaixo a carta entregue pela reitoria aos dois companheiros de luta:


Processo N.º: 23108.002563/07-6 e apenso (23108.00566/06-9)
Requerente: Vice-Reitoria
Assunto: Sindicância Administrativa


DESPACHO

Vistos e analisados os autos, tenho a expor o que segue:

1) Através de portaria do Vice-Reitor, foi instaurada sindicância administrativa com a finalidade de apurar possíveis responsabilidades no ato em tela neste processo.

2) Iniciados os trabalhos, em diversas manifestações, os envolvidos procuraram explicitar o sentido do ato realizado. Em suas intervenções verbais e por escrito explicaram que lançaram mão de um recurso da semiótica para simbolizar seu posicionamento político contra a privatização da universidade.

3) Em assembléia dos estudantes no dia 31/05/2007, no Instituto de Linguagens, o professor Roberto Boaventura da Silva Sá reafirmou que o ato teve uma intenção simbólica e em reunião com os estudantes Acampados, no dia 04/06/2007, em frente à reitoria, o aluno de Direito, Maurício Pereira da Silva Júnior, em interpelação pública dirigida pessoalmente ao Reitor também manifestou-se afirmando que o ato foi utilizado como símbolo de posicionamento político.

4) Por considerar que o recurso adotado para chamar a atenção do público não caracterizou intencionalidade ou desejo de atentar contra normas legais e regimentais, mas de expor seu posicionamento político, acolho as justificativas, acato parcialmente o presente relatório da comissão de sindicância e indico o arquivamento do processo.

5) Reitero que a UFMT caracteriza-se por ser um espaço democrático e aberto às diversidades de opiniões e à liberdade de expressão.

6) Dê-se ciência aos senhores Roberto Boaventura da Silva Sá e Maurício Ferreira da Silva Júnior.

Cuiabá, 5 de Julho de 2007.


Paulo Speller
Reitor - UFMT

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"Nenhuma ditadura pode ter outro objetivo senão perpertuar-se, nenhuma ditadura conseguiria engendrar e desenvolver no povo que a suporta outra coisa senão a escravatura; a liberdade só poder conseguida pela liberdade."

M.Bakunin

terça-feira, 3 de julho de 2007

Contra resposta à carta enviada pela reitoria.

Para facilitar a leitura estamos postando primeiro a contra-resposta e depois a resposta.



Universidade Federal de Mato Grosso
Estudantes Acampados no Campus Cuiabá da UFMT


Data:29/06/2007

OF 030/07

Ao Excl. Sr. Reitor Prof. Paulo Speller

A retomada de investimentos na educação de ensino superior realizada pelo atual governo aumenta o numero de vagas disponíveis nas Instituições de Ensino Superior (IES), porém são esses investimentos pautados na qualidade de formação? Permitem o livre acesso às Instituições, mas dão a essas condições estruturais para receber esse maior volume de estudantes? Com a falta de concurso publico para contratação de técnicos e professores, terão esses estudantes formação superior de qualidade, ou estarão jogados em salas de aula abarrotadas, com professores sobrecarregados, mal remunerados e com técnicos despreparados para desincumbir suas funções?
Se este é o modelo de investimento que o governo propõe e que a atual reitoria apóia, ele não interessa aos estudantes das universidades do Brasil.



1º - Processos e Sindicâncias.
Os estudantes da UFMT não são contrários à instauração de processos e sindicâncias como meio legal da administração apurar possíveis irregularidades durante sua gestão. Portanto o pedido de anulação se dá em relação aos processos de perseguição política, que visam calar a critica realizada por estudantes e discentes na UFMT. Mantemos, assim, a reivindicação original, a saber, “Anulação imediata de todos os processos e sindicâncias de perseguição política vigente e não à abertura de novos processos com o mesmo intuito! Fim imediato dessa perseguição e início da liberdade de expressão dentro do campus da UFMT!”. Manipular o discurso é limitar o raciocínio e coibir a discussão. Entendemos que autoritário é cercear ou intimidar as manifestações políticas e ideológicas. Os processos e sindicâncias são instrumentos legais da reitoria, entendemos e apoiamos as resoluções e leis que regem estes trâmites, porém a maneira como esses têm sido usados para perseguir alunos e qualquer que manifeste sua critica é vergonhosa.

2º - Encontros Estudantis.
Quando citamos a Reunião da SBPC, o fizemos por conta do reconhecimento de sua legitimidade perante a administração superior da UFMT, que não mediu esforços para sediar este evento. Porém, diferentemente deste, os encontros estudantis não contam com “recursos extra-orçamentários, arrecadados por meio de projetos específicos”. Os encontros realizados pelos acadêmicos não contam com um planejamento de dois anos de antecedência, por conta de seu caráter anual e de suas próximas sedes serem decididas apenas no ano antecedente à sua realização.
Faz-se necessário, então, a construção de um Regimento para a Realização de Encontros Estudantis, a ser elaborado pelos estudantes em conjunto com a Administração Superior da UFMT.

3º - Contra decreto que extingue cargos.
Dada a resposta pouco esclarecedora do reitor, dirigimo-nos de maneira ainda mais especifica solicitando maiores esclarecimentos sobre os “esforços envidados pelo reitor desde o início de seu mandato no ano 2000”. Sete anos depois, estes esforços não nos parecem suficientes para evitar o desmantelamento do quadro de servidores técnicos da UFMT. Portanto, o que está sendo feito, como esta sendo feito, quais são os resultados? São estes os questionamentos que ainda carecem de resposta. A lisura do processo é mais uma vez necessária.
A UFMT deve se contrapor a este decreto e não se moldar a ele. Se esta é a luta à qual somos chamados, abraçamos a causa. Caso contrário esta não é a nossa bandeira.

4º - Ampliação da CEU.
Conforme discutido em reunião com a pró-vivas no dia cinco de junho de 2007, e discutido com os moradores da CEU-UFMT em assembléia realizada no dia nove de junho de 2007, fica mantida a planta original que prevê um aluno ocupando um quarto de 6,90m², comportando trinta e três vagas. A execução desse projeto deve prever a instalação de boa refrigeração, iluminação e mobiliário adequado ao conforto de seus moradores e deve caminhar juntamente a uma garantia por parte da Administração Superior de que haverá de fato uma AMPLIAÇÃO da CEU, ou seja, que a UFMT se comprometa através de um termo judicial a garantir as 300 vagas previstas. Não aceitamos a absurda proposta de se colocar duas pessoas por quarto e mantemos a reivindicação inicial até que a reitoria nos convença de que ela será atendida: “ampliação da CEU” e não simplesmente “construção da CEU dentro do campus”.

5º - Criação de uma Rádio Livre.
A reivindicação da criação de uma Rádio Livre não é apenas dos estudantes de Comunicação Social e sim uma “demanda histórica” de todos os estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso. No entanto lembramos que a reivindicação trata inicialmente da discussão da utilização do espaço construído ao lado do RU, antigo Banco Real. Qualquer projeto a ser implantado neste espaço deve ser discutido com a comunidade universitária antes de sua possível implantação, além disso, esses projetos devem visar um bem significativo para toda a Universidade. Paralelamente às discussões sobre espaços alternativos para implantação da Rádio Livre, devemos discutir este espaço, e que esta discussão sirva de modelo para a implantação de outros espaços dentro da Universidade. O projeto com as especificidades da radio está em construção e será enviado em breve.

6º - Ampliação e Fortalecimento da Biblioteca Central
Os estudantes da UFMT, vendo a contradição entre a carta enviada pelo reitor, que cita o índice de satisfação de 85% dos usuários da Biblioteca Central, e a manifestada insatisfação dos estudantes da UFMT em assembléia geral realizada no dia 31 de maio de 2007, propomos reunião para o dia 06 de julho, às 9:30h, na Biblioteca Central para discutir as necessidades apontadas na Pauta de Reivindicações.

7º - Discussão sobre a Reforma Universitária.
Os trabalhos realizados pela citada comissão não conseguiram envolver a comunidade acadêmica em torno desta discussão. Portanto, mantemos a reivindicação na íntegra. Acrescentamos o pedido de acesso ao documento que foi encaminhado à ANDIFES como resultado dos trabalhos concluídos pela comissão. Em Grupo de Discussão realizado no dia 22 de junho, em frente a reitoria, contanto com a presença das Pró-reitoras Matilde Grudo (Proeg), Marinez Marques (Propeg), Marilda Matsubara (Provivas) e do pró-reitor Paulo Teixeira (Propeq e no momento representante do reitor) foi marcada reunião para o dia 29 de junho, às 10:00, na ADUFMAT, com o fim de definir a estrutura de uma jornada de discussão sobre o tema Reforma Universitária, que contará com a participação da ADUFMAT, do ANDES, do SINTUF, da Reitoria e do DCE.

8º - Esclarecimentos sobre empresas privadas na UFMT.
Dada a disposição da Administração no esclarecimento dos processos de instalação destas empresas no campus da UFMT, os estudantes encaminharão pedido ao Ministério Público para que haja ampla investigação e transparência nos resultados. Para tanto solicitamos a copia de todos os processos para encaminhamento do pedido de investigação.
Vale a pena lembrar que a discussão à respeito da entrada destas fundações na Universidade não se restringe a seus meios legais e jurídicos, na medida em que essa também nos traz a reflexão a respeito do comprometimento da Universidade para com o seu ensino sem caráter mercadológico, aliás uma bandeira que a própria reitoria diz levantar, quando o reitor se posiciona publicamente contra o atual projeto de reforma.

9º - Café da Manhã no RU.
Conforme discutido em reunião no dia 6 de junho de 2007 é mister deixar claro que as verbas destinadas ao café da manhã servido no RU, não são de responsabilidade dos cantineiros, do DCE ou dos CA’s e sim dos fundos destinados à assistência estudantil. Assim como o almoço e o jantar servidos no RU não visam atender aos, aproximadamente, oito mil e trezentos estudantes da universidade, o café da manhã também tem a sua demanda, e esta, embora menor que a de ambas as refeições citadas, não pode ser desconsiderada. Estamos dialogando com o DCE e a PROVIVAS para avaliar os meios de implantação desta reivindicação.

10º - Posicionamento contra os aumentos do Transporte Publico.
Sobre a resposta da administração a respeito do aumento da tarifa de transporte publico o reitor afirma que “A Administração Superior reitera posicionamento já manifestado pela UFMT no grupo de trabalho constituído pela Prefeitura Municipal de Cuiabá, de que é possível diminuir a tarifa de transporte mediante a redução de impostos (municipais, estaduais e federais)”. Este posicionamento não satisfaz as reivindicações dos estudantes, visto que essa resposta é a mesma dada pela Prefeitura Municipal. É importante dizer que a CPI do transporte, realizada pela Câmara de Vereadores, apontou que a tarifa esta superfaturada e que naquela época deveria custar R$0,81. A mesma CPI apontou ainda que os empresários do transporte têm uma divida para com os cofres públicos de mais de R$110.000.000,00. É contra estes superfaturamento e aumentos abusivos que nós queremos que a Administração se pronuncie, e não dizendo que se deve reduzir impostos daqueles que já devem milhões aos cofres públicos, e que exploram demasiada e sistematicamente os usuários que dependem do transporte publico oferecido na Baixada Cuiabana. Propomos um amplo seminário com este tema, semelhante ao que a UFMT fez sobre a “concessão da SANECAP”, sendo divulgado em seus meios de comunicação (out-doors, site, jornais e etc.), mas que desta vez, a Universidade se coloque CONTRA O AUMENTO DA TARIFA e favorável a AMPLIAÇÃO DO PASSE LIVRE, partindo deste posicionamento o convite para a comunidade cuiabana.

11º - Não à redução de carga horária nos cursos de licenciatura.
As Diretrizes Curriculares Nacionais estabelecem 1000 horas de aula extraclasse subdivididas da seguinte maneira: 400 horas de preparação (observação), 400 horas de prática e 200 horas de atividades extracurriculares. Essas 1000 horas não serão somadas à carga horária atual e sim sobrepostas a estas em detrimento da carga horária teórica essencial à qualidade na formação de docentes, além não aumentar os recursos destinados à educação. Portanto, há sim prejuízo na carga horária teórica e a total desvalorização dos cursos de licenciatura. Reafirmamos, pois, a nossa posição em defesa da qualidade do ensino público sendo contrários a redução da carga horária em sala de aula nos cursos de licenciatura.



12º - Alimentação à CEU e manutenção das bolsas alimentação.
Os estudantes mobilizados entendem que a pauta foi atendida.

13º - Contra a Transformação do HUJM em fundação estatal.
Em defesa da universidade pública e da sua ampliação entendemos o Hospital Universitário (HUJM) como sendo parte integrante da universidade pública cabendo, assim, defendê-lo como universidade, fortalecendo sua qualidade e crescimento e que, antes de tudo, sua condição de hospital-universidade seja mantida com todas as implicações de financiamento que isto representa. Portanto defendemos o fortalecimento ideológico do ensino e serviços públicos de qualidade.
Para maiores esclarecimentos sobre as ações tomadas pela reitoria em relação à transformação do HUJM em fundação estatal. Propomos uma reunião com representantes dos estudantes mobilizados, juntamente com a Pró-Reitoria indicada para tratar do assunto no dia 11 de julho de 2007.



Reiteramos nosso pedido e nossa devida consideração.




Atenciosamente,
Estudantes Acampados!

E a resposta do reitor?

Há mais de um mês, durante a Assembléia dos estudantesde Comunicação Social, o reitor Paulo Speller propôs ao professor RobertoBoaventura que este lhe formalizasse por escrito a exigência de suspensão dos processos administrativos (motivados por questões políticas) contra alunos eestudantes da UFMT. A exigência já havia sido feita anteriormente durante um protesto no Teatro Universitário (silenciosamente) e também durante a supracitada Assembléia (em bom som). Não satisfeito, o reitor solicitou adocumentação e garantiu respondê-la publicamente no dia seguinte a entrega.

No dia 5, o professor Roberto Boaventura protocolou seudocumento na presença de dois alunos. O texto, como de costume do professor,foi publicado no Espaço Aberto, informativo eletrônico da ADUFMAT. Até hoje não houve resposta por parte de Speller.

Aqui, portanto, está uma breve e apressada explicação dosfatos. Anexado, vai o documento redigido pelo professor, que ainda aguardaresposta. É necessária a divulgação deste documento, que revela realidadealarmante de nossa universidade.






Cuiabá, 04 de junho de 2007.




De: Professor Dr. Roberto Boaventura da Silva Sá
Para: Professor Dr. Paulo Speller
MD. Reitor da Universidade Federal de Mato Grosso




Magnífico Reitor
Atendendo o pedido feito, publicamente, por Vossa Magnificência, durante a realização da Assembléia dos Acadêmicos do Curso de Comunicação/IL, ocorrida na manhã de 29/05/2007, no Saguão do IL, dirijo-me, agora, formalmente, ao senhor, para reafirmar declarações a respeito de perseguições político-ideológicas, ancoradas em sindicâncias e inquéritos administrativos, contra docentes e discentes da UFMT.
Antes de tudo, registro meu estranhamento quanto à necessidade do pedido, uma vez que sua administração sempre demonstrou primar pelo conhecimento de todos os fatos que ocorrem dentro dos campi da Instituição; muitas vezes, os fatos são registrados com farto material fotográfico.
Seja como for, o primeiro momento significativo de perseguições político-ideológicas em sua administração refere-se à solicitação de abertura de sindicância sobre as manifestações e os desdobramentos da “aula magna” que abriu o período letivo 2005/2 na UFMT.
A partir do instante que a Comissão de Sindicância - de caráter persecutório – foi instalada, contrapondo-se a isso, deu-se início à produção de um conjunto de textos e manifestações públicas para denunciar a perda da democracia em nosso meio acadêmico. Invariavelmente, nos textos e nas manifestações era solicitada a “imediata suspensão” desse procedimento anti-democrático adotado pela Administração Superior.
O primeiro elemento desse conjunto de denúncias veio por meio de uma “Carta Aberta” (Anexo 01), subscrita por mim e dirigida à Pró-Reitora de Vivência Acadêmica, Professora Marilda Matsubara. Como fui impedido de veicular a Carta no Espaço Aberto/ADUFMAT, fiz uma primeira panfletagem durante a Assembléia Geral da ADUFMAT, ocorrida no dia 13/02/2007. Outras panfletagens foram realizadas, com auxílio de diversos estudantes, em oportunidades subseqüentes, como, por exemplo, no transcorrer da “Semana do Calouro” de 2007.
Depois daquela Carta, Professor Paulo Speller, a comunidade universitária e a sociedade em geral já tiveram conhecimento de todo esse longo processo de tentativa de silenciar a crítica na Instituição por meio dos seguintes artigos:
a) “Resquícios de 64”, de minha autoria, publicado na imprensa local e no Espaço Aberto/ADUFMAT, n. 41/2007, em 05/04/2007. Naquele artigo, estabeleço uma comparação, mostrando as diferenças e as semelhanças, entre a ditadura militar de 1964 e a sutileza jurídica do autoritarismo do momento na UFMT. Ao final daquele texto, solicito a “...suspensão, de imediato, da Comissão de Sindicância...”. Na ocasião, para situar os leitores, inseri – anexado - o artigo “Omissão jornalística: fatos para debaixo do tapete na UFMT”, com as suas respectivas fotos, publicado no Espaço Aberto/ADUFMAT, n. 09, de 20/01/2006 (Anexo 02);
b) “A falsa diversidade”, também de minha autoria, publicado na imprensa local e no Espaço Aberto/ADUFMAT, n. 47/2007, de 18/04/2007 (Anexo 03). Na essência, apresento minhas discordâncias no que tange à suposta aceitação da diversidade na UFMT, propugnada, principal e ironicamente, pela PROVIVAS. Em suma, contrapunha-me à chamada nos outdoors que dava boas-vindas aos calouros na Instituição, uma vez que a crítica não tem sido tratada nas lides acadêmicas, mas transferida para os labirintos do universo jurídico. Ao final daquele texto, voltei a reforçar o pedido já feito no artigo anterior. Dirigi-me, diretamente, ao Reitor da UFMT, agora, “...apelando (grifo meu) para a imediata suspensão da desnecessária sindicância...”.
c) “O abismo chamado incoerência”, de autoria da Professora Juliana do Couto Ghisolfi, publicado no Espaço Aberto/ADUFMAT, n. 53/2007, em 27/04/2007 (Anexo 04). O artigo apresenta-se ilustrado com duas fotos de outdoors na Instituição. Naquele texto, após discorrer sobre a lógica que permeia a pós-modernidade, destacando sua incoerência constante, a professora, à p. 02, menciona artigos por mim escritos no mesmo espaço de comunicação. Ao término, a Professora Juliana Ghisolfi também solicita a suspensão de sindicâncias ideológicas, com vestes de administrativas;
d) “Dos tanques às togas”, de autoria da Professora Alair Silveira, publicado no Espaço Aberto/ADUFMAT, n. 62/2007, em 11/05/2007 (Anexo 05). Na essência daquele artigo, a Professora registra que o trágico do atual momento, “...é que muitos daqueles não-democratas (ou até anti-democratas) estão à frente da institucionalidade, utilizando-a como meio de praticar a negação da democracia, discursando em seu nome...”. Assim, conclui Alair Silveira, que “...sob a ritualística dos togados, os críticos são punidos, os adversários são calados, e a ordem dos poderosos (e/ou daqueles embriagados pelos micropoderes) é mantida (ou tentada)...”. No “Em tempo” de seu artigo, também solicita a suspensão das sindicâncias de caráter ideológico na UFMT.
Além desse conjunto de textos, foi realizado um protesto silencioso durante a “aula magna” do período 2007/1, realizada no Teatro Universitário, na primeira quinzena de abril deste. Na ocasião, a mesa do evento foi presidida por Vossa Magnificência. Durante a exposição do convidado - Reitor da Universidade Federal da Bahia – um grupo de docentes e discentes protestou contra a mordaça à crítica na UFMT; por isso, os integrantes do ato encontravam-se amordaçados e com os punhos amarrados.
Durante o protesto, foram distribuídos dois panfletos ao público: a) a já referida "Carta Aberta à Pró-Reitora da PROVIVAS”, Professora Marilda Matsubara, responsável direta pela abertura de uma das sindicâncias em percurso; b) o documento “Resquícios de 64”, baseado em um artigo de minha autoria, já mencionado acima. Vale lembrar que os dois componentes da mesa – o senhor, como Reitor da UFMT, e o Reitor UFBA – também receberam os documentos.
No decorrer do ato silencioso, o senhor, Professor Paulo Speller, como se pode comprovar pelas gravações, tentou ignorar o que ocorria à vista de todos, solicitando ao convidado que continuasse normalmente sua conferência. No entanto, o palestrante, percebendo a impossibilidade de atender o pedido, preferiu aguardar o término da manifestação. Depois que o grupo se retirou, pois não era intenção inviabilizar o evento institucional/govervamental, a palestra continuou normalmente. Já o público, aderiu ampla e fortemente a intenção do protesto, aplaudindo-o com a força de quem também não admite a mordaça na UFMT.
Tudo isso foi razoavelmente noticiado. A própria ASCOM, ainda que em apenas duas insuficientes linhas, ao final da matéria que relatava a “aula magna”, noticiou a presença de manifestantes no recinto. O Javanês, n. 06, Ano 01/abril/2007 (Anexo 06), jornal de um grupo de acadêmicos do Curso de Comunicação/UFMT, noticiou o protesto de forma um pouco mais ampla. Incluiu na matéria uma foto para a ilustração. Na referida foto, podem ser vistos os signos dominantes do protesto: a mordaça e os punhos dos manifestantes amarrados. Estranhamente, nenhum órgão da mídia local deu cobertura jornalística à “aula magna”. A propósito, teria sido um desprestígio à Instituição, administrada por Vossa Magnificência, ou um esquecimento da ASCOM de convocar a mídia local?
Além desse conjunto de textos e atos, a Diretoria Nacional do ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) enviou-lhe, nominalmente, no dia 02/05/2007, “Moção de Repúdio” (Anexo 07), justamente por conta das perseguições promovidas por integrantes de sua gestão.
Daquela moção, publicada no Espaço Aberto/ADUFMAT, n. 63/2007, no dia 14/05/2007, a pedido do Professor José Domingues de Godoi Filho, destaco a preocupação da Diretoria Nacional do ANDES-SN, no que concerne à vigência, na UFMT, da “...postura autoritária, intolerante, intimidatória e de cerceamento à liberdade de expressão e à luta em defesa dos direitos individuais e coletivos...”. A mesma Moção foi encaminhada também à ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), à época, presidida, por coincidência, pelo Reitor da UFMT.
Em que pese todos esses pedidos e apelos de suspensão das perseguições ideológicas, a Administração Superior continua insistindo e, pior, avançando ainda mais na via jurídica. Assim, antes de qualquer sindicância, um inquérito administrativo foi instaurado contra os discentes Maurício Ferreira da Silva Júnior (Direito), Isabela da Silva Nunes (Biologia), Joana Salomoni (Educação Física) e Bruna Rafaela Marciliano de Oliveira (Geografia), por terem protestado, junto com outros estudantes, contra o alto preço do ingresso da peça Flauta Mágica, exibida no Teatro Universitário, em outubro de 2006, bem como contra a privatização dos espaços públicos.
Sendo assim, confesso, com pesar, Professor Paulo Speller, que desde meu ingresso na Instituição, ocorrido em 1987, eu ainda não vivenciara tantos recursos apelativos no campo do jurídico, com a finalidade de calar as vozes oponentes. Por isso, lamentavelmente, as suas duas gestões têm o pior dos significados: a perda da democracia na Instituição. E o senhor sabe que, como poucos, posso dizer isso com a maior tranqüilidade, pois sempre exerci a crítica neste espaço. Aliás, vale lembrar que, quando minhas críticas interessavam ao senhor e aos demais integrantes de seu grupo político, aglutinado em algo chamado “UFMT Viva”, eu era incentivado e cumprimentado por todos os seus próximos, inclusive por Vossa Magnificência. Diante disso, pergunto: quem mudou? Por que mudou?
No entanto, como minha vida acadêmica e minha militância política não se pautam por afagos e mimos, continuei a exercer a crítica, independentemente, de quem se encontrava nas passageiras instâncias do micro-poder institucional. Ao longo dos anos, e ao lado de docentes que, como eu, também sempre exerceram e exercem a crítica, estiveram estudantes combatentes em outros momentos complexos da vida nacional. Por ironia, NUNCA fomos perseguidos, IDEOLOGICAMENTE, por nenhuma reitoria que lhe precedeu. Os constantes embates se davam na luta das idéias e não das sindicâncias e inquéritos, como ocorre hoje, vergonhosamente, na vigência de sua administração.
Isso posto, como estou na UFMT, repito, desde 1987, aproveito para salientar a importância do profissionalismo, da tolerância e da maturidade para a crítica adversa. Por isso, como a intolerância é marca registrada na Administração Superior atual, lembro-me, neste momento com o mais profundo respeito dos colegas docentes que lhe antecederam na mesma cadeira de Reitor: Professor Frederico Müller, Professora Luzia Guimarães e Professor Fernando Nogueira. Não menciono os Reitores anteriores aos citados, pois não os conheci na condição de meus dirigentes superiores.
Diante do exposto acima, Professor Paulo Speller, destacando a comparação que estabeleço com o passado institucional, solicito, novamente, imediata suspensão de todas as sindicâncias e inquéritos administrativos, mas de caráter político-ideológico, contra estudantes e professores que estabelecem críticas à sua gestão e às políticas privatizantes do atual governo brasileiro.
Para facilitar o esperado ato político de Vossa Magnificência, destaco os números dos documentos que legalizam as perseguições ideológicas das quais trato: a) 23108.020566/06-9; b) 23108.002563/07-6; c) 23108.031048/06-9.
Solicito, ainda, que novas sindicâncias e inquéritos ideológicos não sejam mais instaurados na UFMT; afinal, Professor Paulo Speller, o diálogo e o debate – sustentáculos elementares de qualquer princípio pedagógico democrático - devem ser constantes, principalmente naqueles momentos mais tensos. No meio acadêmico, só os despreparados intelectualmente e/ou rancorosos políticos escoram-se, de imediato, nas instâncias do Estado de direito burguês.
Por fim, em nome do passado político daquele jovem e destemido estudante e também manifestante, chamado Paulo Speller, quando era líder estudantil, em Brasília, nos sombrios e indesejados anos da ditadura militar, conclamo, hoje, Vossa Magnificência, para o urgente retorno às práticas da democracia na UFMT.
Para isso, chamo a atenção de Vossa Magnificência, bem como a de cada um de seus assessores, com destaque a seus Pró-Reitores, para a importância da convivência com a pluralidade da crítica acadêmica e política. A “diversidade”, que tanto apregoam, não pode ser mero enfeite discursivo. É preciso que todos vocês da Administração Superior, Professor Paulo Speller, tenham coerência com os discursos que fazem constantemente em lugares diversos.
No aguardo de urgente resposta pública, conforme prometido por Vossa Magnificência na mencionada Assembléia dos Estudantes de Comunicação, minhas saudações acadêmicas.
Salve o exercício da crítica! Salve a liberdade de expressão! Salve a prática da democracia na UFMT!

Roberto Boaventura da Silva Sá
Professor do Departamento de Letras/IL

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Programação dos Acampados da UFMT!


Programação

Dia 22/06/2007 (Sexta-Feira)
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07:30 "Café de manhã"
Debate: “Precarização do Brasil”
Convidados: Movimentos Sociais

09:00 “Lanche e Arte”
Lanche com exposição de arte e performances artísticas

09:30 Mesa Redonda: “UFMT, cadê você ?”
Professores Convidados: Carlos Sanches e Roberto Boaventura
Estudantes: Mauricio Ferreira Junior e representantes do DCE - UFMT

11:00 Almoço
Cardápio: Maria Isabel, Feijão e Farofa de banana Valor: R$ 2,50

13:30 Plenária: “Reforma Universitária”
Convidados: ADUFMAT, ANDES – VPR, ADUNEMAT, Taissir Muhamud Karim – Reitor da UNEMAT, Paulo Speller – Reitor da UFMT e DCE – UFMT

16:00 Exposição sobre o Movimento Estudantil da UFMT – “Sai da Cama e Vem pra Grama” e sobre a Plenária Nacional de Estudantes ocorrida na USP

17:30 “Lanche e Arte”
Teatro Em Movimento

19:30 “Arraiá Pra Acampá - Pros Coroné só o Cangaço” ,
Festa Junina com: Comidas, Bebidas e Bandas!

terça-feira, 19 de junho de 2007

Da Grama à Assembléia Legislativa

Ontem, dia 18 de Junho as 14:00 horas, aconteceu na Assembléia Legislativa de Cuiabá uma Audiência Pública chamada pelo SINTRAE (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino do Estado de Mato Grosso) e Dep. Alexandre Cesar para debater acerca da Campanha "Educação não é Mercadoria". Como não poderia ser diferente, nós do Movimento dos Acampados da UFMT estivemos lá. Fizemos falas em defesa do ensino público, lemos nosso manifesto e nossa pauta de reivindicações, além de levarmos uma faixa com os dizeres "Estudantes em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade! UFMT Livre!" que seguramos durante todo o tempo.

Ao final encaminhamos ao Dep. Alexandre Cesar, que coordenava a mesa, um pedido para contribuição financeira de todos os presentes para o movimento, pois somos independentes de reitoria e de partidos. Essa foi a intervenção que fizemos na Assembléia com o intuito de divulgar o movimento e arrecadar fundos para nossa mobilização!
Mobilize-se você também!

terça-feira, 12 de junho de 2007

Palestra sobre Universidade Popular!

Chamamos todos para participar hoje da amostra do documentario "... Estamos apenas fazendo um documentario." (feito pelos adolescentes dos bairros Parque Georgia e São Gonçalo), e palestra com os professores Carlos Sanches e Vinicios Machado, e o pessoal do CCP (Centro de Cultura Popular) - Unidos do Parque Georgia.
Horário: 20:00 hrs

Sai da cama y vem pra grama ocupar!

domingo, 10 de junho de 2007

sexta-feira, 8 de junho de 2007

A Coisa Pública e a Privada

Entre a coisa pública
e a privada
achou-se a República
assentada.

Uns queriam privar
da coisa pública,
outros queriam provar
da privada,
conquanto, é claro,
que, na provação,
a privada, publicamente,
parecesse perfumada.

Dessa luta intestina
entre a gula pública e a privada
a República
acabou desarranjada
e já ninguém sabia
quando era a empresa pública
privada pública
ou
pública privada.

Assim ia a rês pública: avacalhada
uma rês pública: charqueada
uma rês pública, publicamente
corneada, que por mais
que lhe batessem na cangalha
mais vivia escangalhada.

Qual o jeito?
Submetê-la a um jejum?
Ou dar purgante à esganada
que embora a prisão de ventre
tinha a pança inflacionada?

O que fazer?
Privatizar a privada
onde estão todos
publicamente assentados?
Ou publicar, de uma penada,
que a coisa pública
se deixar de ser privada
pode ser recuperada?

— Sim, é preciso sanear,
desinfetar a coisa pública,
limpar a verba malversada,
dar descarga na privada.

Enfim, acabar com a alquimia
de empresas públicas-privadas
que querem ver suas fezes
em ouro alheio transformadas.

In: SANT'ANNA, Affonso Romano de. A poesia possível. Rio de Janeiro: Rocco, 1987. Poema integrante da série Aprendizagem de História

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Palestras


Hoje, 7 de Junho de 2007, os professores Carlos Sanches, Roberto Boaventura, Vinicius Machado Perreira e Dorival Gonçalvez Junior farão uma palestra sobre UNIVERSIDADE E A TRANSFORMAÇÃO NO CONTEXTO SOCIAL MUNDIAL e outros temas. As palestras serão realizadas nos jardins em frente a reitoria, onde os alunos estão acampados.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Ocupação no Verdão aumenta nosso placar!

Hoje pela manhã, durante o jogo do Brasil contra Finlandia no Ginásio Poliesportivo "Verdão" estudantes acampados da UFMT tentaram fazer uma manifestação. Esta seria feita com exposição de faixas, localizadas em cima do placar (sem tampá-lo) e ao lado do mesmo, com escritas direcionadas ao FEITOR Paulo Speller, na intenção de que fossem vistas e filmadas pelas pessoas e midia presente.
Após uma hora de permanência as faixas foram arrancadas por uma pessoa não identificada (segundo o policial para quem foram entregues as faixas, essa pessoa era da organização do evento). As faixas foram recuperadas, pois as mesmas foram jogadas proximo a porta de saída do ginásio.
Segundo informações não confirmadas, o Senhor Feitor Paulo Speller se encontrava presente no local.
Hoje mais uma vez presenciamos a repressão que tanto lutamos contra.

MESMO ASSIM NOSSO PLACAR ESTÁ:

ACAMPAMENTO UFMT 3 X 0 FEITOR PAULO SPELLER

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Assembléia Geral dos estudantes discute reivindicações e marcha à reitoria

Assembléia Geral dos estudantes da UFMT discute reivindicações
e organiza marcha até o prédio da reitoria


Pela manhã de hoje, quinta-feira (31), no saguão do Instituto de Linguagens (IL), a Assembléia Geral dos estudantes da UFMT foi espaço para a discussão de mobilizações e reivindicações diversas. Concentrando um grande número de alunos, a Assembléia também deliberou a respeito de uma marcha até o prédio da reitoria. O acampamento dos estudantes, que desde quarta-feira (23) instalou-se ao lado do Restaurante Universitário, será transferido para a frente do prédio da reitoria na segunda-feira (4). Os estudantes se concentrarão no saguão do IL às 9h para o início da marcha.


Alunos, técnicos e professores também estiveram presentes na Assembléia.

Eis os pontos destacados:

O SINTUF (Sindicato dos Trabalhadores), através de representante, ressaltou a importância do trabalho dos técnicos para o funcionamento da universidade e declarou apoio ao movimento dos estudantes por parte do seu comando de greve.

Estudante de História, membro do COENEH (Comissão de Organização do Encontro Nacional dos Estudantes de História), mostrou se identificar com as reivindicações do movimento dos acampados. O estudante tratou da dificuldade de se conseguir realizar no espaço da UFMT um encontro estudantil como o ENEH (Encontro Nacional dos Estudantes de História).

Morador do C.E.U (Casa do Estudante Universitário) defendeu a ampliação da moradia estudantil, lembrando que a UFMT é a universidade que possui menos vagas para abrigar estudantes.

As câmeras instaladas no campus foram lembradas como instrumento de opressão, assim como a presença da PM, que o reitor carinhosamente chama de Polícia Comunitária.

A Enfermagem pediu apoio contra a transformação do HUJM (Hospital Universitário Júlio Müller) em fundação estatal. A transformação, que abriria espaço para a privatização de setores do hospital, lesaria a prática de estágios dos estudantes de Enfermagem. Um seminário, ainda sem data marcada, pretende discutir o assunto.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Assembléia dos estudantes de Comunicação Social

Estudantes de Comunicação Social encaminham suas reivindicações
em Assembléia; nova Assembléia está marcada para quinta-feira (31)



Na manhã desta terça-feira (29), estudantes do curso de Comunicação Social discutiram e encaminharam as reivindicações específicas do curso em Assembléia realizada no saguão do IL (Instituto de Linguagens). A Assembléia, assistida por mais de 120 pessoas, contou com a presença do reitor Paulo Speller e de outros representantes da administração superior.

Os estudantes de Comunicação confirmaram seu apoio ao acampamento de protesto que acontece ao lado do Restaurante Universitário desde quarta-feira (23). Além de compartilhare das reivindicações dos acampados, os alunos de Comunicação também se movimentam para que
suas necessidades específicas sejam atendidas.

Democracia na UFMT
A Assembléia, organizada para uma discussão dos estudantes de Comunicação a respeito de seu movimento reivindicatório, abriu espaço para a fala de todos. O professor Roberto Boaventura, após fala do reitor, exigiu a anulação das sindicâncias abertas contra alunos da instituição por conta de posicionamentos políticos críticos à administração superior. O reitor Paulo Speller solicitou que as exigências do professor Roberto Boaventura fossem encaminhadas a ele por escrito, proposta que foi aceita pelo professor. Roberto Boaventura regularmente publica seus textos em um informativo online e comprometeu-se a publicar este documento um dia após a leitura do reitor. Speller garantiu que sua resposta ao texto seria dada e publicada em breve. O fechamento das sindicâncias contra estudantes faz parte da lista de reivindicações do movimento dos acampados.

Assembléia Geral
O saguão do IL será novamente local de discussões dos estudantes. Na próxima quinta-feira (31), será realizada uma Assembléia Geral dos estudantes, com início marcado para as 9h da manhã.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Pauta de Reivindicações da Comunicação Social

Pauta de Reivindicações da Comunicação Social

Lista de Equipamentos e Projeto Elétrico do Bloco de Comunicação.

Desde o roubo dos equipamentos dos Laboratórios de Comunicação, que já eram deficitários, os alunos e professores vêm sofrendo com a enorme dificuldade da pratica de conteúdos que necessitam dessas ferramentas.

Contratação de Professores Efetivos e Técnicos Especializados.

Um terço dos professores do curso é de professores contratados, e dentre os efetivos há ainda os de Dedicação Exclusiva que sabidamente trabalham em outras instituições de ensino. Apenas recentemente houve a contratação de UM técnico que tem conhecimento na área dos equipamentos utilizados pelos alunos e professores, e mesmo os trabalhos desse técnico ficam dificultados pela falta de equipamentos. Solicitamos também uma investigação para apurar a atual situação do quadro de servidores deste departamento e que o resultado e a solução desta investigação sejam tornados públicos.

Liberação das Salas do Instituto de Linguagens ocupadas pelo ICHS.

Existem mais de 10 salas ocupadas atualmente pelo ICHS (Instituto de Ciências Humanas e Sociais) no IL (Instituto de Linguagens). Ao mesmo tempo, alunos de comunicação, em turmas de mais 45 alunos, se apertam em salas que não contam com espaço suficiente para acomodá-los com o mínimo de conforto. Além disso, o acervo da Biblioteca Rubens de Mendonça ocupa o espaço reservado para o convívio social dos alunos no saguão do Instituto. Entendemos e nos solidarizamos com a situação dos estudantes do ICHS, que ainda esperam pela entrega do prédio de seu instituto.

Reestruturação da Grade Curricular e Volta do Regime de Crédito.

É essencial a renovação da grade curricular do curso. Não apenas por conta de sua desatualização, mas também pela sua estrutura, que adianta matérias e dificulta a construção progressiva do conhecimento. Além disso, o regime Seriado tem trazido enormes dificuldades nas matriculas dos alunos, também coibindo-os de construir sua própria planilha de estudos.

Qualificação dos Professores já efetivos.

Boa parte dos professores efetivos precisa de atualizações e de melhorias em sua formação. Portanto, torna-se necessária a criação de um programa de atualização e especialização do corpo docente. Fica a cargo do Departamento a construção deste programa, consoante às necessidades do quadro de docentes.

Ampliação do numero de bolsas ofertadas para alunos de Comunicação Social.

A TVU (TV Universitária) e Jornal da UFMT podem ampliar o número de alunos de comunicação social que sejam bolsistas nestes programas. Também no centro cultural existem bolsas que poderiam ser destinadas a estes alunos, ao invés de serem confiadas a alunos do CEFET. Projetos de extensão como a revista da Pró-Vivas devem dar prioridade aos alunos de comunicação ao distribuir suas bolsas. Exige-se a criação de uma rádio universitária, esta administrada tecnicamente pelos alunos de comunicação social e com produção de conteúdo livre acessível a estudantes de qualquer curso da UFMT. Faz-se necessária a instalação de uma sindicância que apure irregularidades na TVU, no Jornal da UFMT e no caso da concessão de freqüência de rádio perdida pela UFMT. Essa sindicância tem de tornar públicos seus resultados e relatórios.

Colocação de bebedouros no IL.

O único bebedouro à disposição dos alunos de comunicação está sem funcionamento e mesmo enquanto funcionava atendia mais de 300 alunos! Um bebedouro para 360 alunos!!

sábado, 26 de maio de 2007

Manifesto

O atual quadro do ensino superior em nosso país não é nem um pouco positivo. Descaso, sucateamento e direcionamento de todo o ensino e pesquisas à uma lógica cada vez mais mercantilista, onde os interesses do mercado prevalecem aos interesses e necessidades da maioria da sociedade. Isso tudo é apenas parte do que temos nos deparado atualmente na busca por uma universidade que seja de fato pública, gratuita, de qualidade e a serviço das demandas da sociedade.

O atual projeto de Reforma Universitária, tão pouco discutido nas universidades por suas administrações, ao invés de solucionar esses problemas vem aprofundá-los, na medida em que confunde as instituições públicas com as privadas, concede benefícios exorbitantes à essas últimas, congela o destino de verbas públicas para as instituições públicas, fomenta a instituição de ensino à distância nas universidades públicas, insere um modelo de pós graduação paga – inclusive com titulação de mestrado e doutorado, elimina os concursos para contratação de servidores e terceiriza esses setores, além de escancarar as portas das mesmas às fundações privadas.

Todo esse quadro de descaso à educação superior manifestado nas políticas do governo federal se manifesta em nosso cotidiano na UFMT. Excesso de professores substitutos, extremamente mal remunerados, falta de estrutura para os laboratórios e biblioteca central, falta de técnicos administrativos, moradia e assistência estudantil, dentre outros fatores.

Paralelo a tudo isso, enfrentamos dentro das universidades um forte grau de repressão por parte de suas Administrações Superiores à toda forma de crítica manifestada. Atualmente na UFMT há sindicâncias contra manifestações de estudantes e professores que podem levar a punições. Outro indício de repressão é a dificuldade que a Administração impõe em ceder estrutura para encontros do movimento estudantil, enquanto para encontros de outro porte, inclusive com fins comerciais, as mesmas dificuldades não ocorrem.

A situação é cada dia mais crítica e exige uma resposta clara e direta por parte de toda a comunidade acadêmica. Unificar as lutas e defender o ensino público e a liberdade de expressão, eis porque acampamos no campus da universidade e chamamos toda a comunidade universitária e os movimentos sociais e sindicais a se juntarem conosco.






1º - Anulação imediata de todos os processos e sindicâncias de perseguição política vigente e não à abertura de novos processos com o mesmo intuito! Fim imediato dessa perseguição e início da liberdade de expressão dentro do campus da UFMT!

2º - Que a universidade, a modelo do encontro da SBPC, reconheça, dê absoluto apoio e ceda estrutura aos encontros estudantis: salas para alojamento, gráfica universitária, e outros.

3º - Contra o decreto que extingue cargos no quadro de servidores da universidade pública e abertura imediata de concurso público para contratação de servidores; ampliando o quadro das categorias deficitárias, pois estas, diferente das privatizadas, tem um maior comprometimento com a universidade pública.

4º - Ampliação do C.E.U. – Casa do Estudante Universitário. Realização de uma análise pela Comunidade Acadêmica do projeto existente para construção do C.E.U. dentro do campus de Cuiabá e que este projeto seja discutido com representantes do CEU atual. Após esta análise início imediato dessa construção.

5º - Utilização do espaço ao lado do RU – antigo Banco Real – para um espaço de vivência estudantil, que comporte a criação de uma Rádio Livre que será coordenada por um conselho formado por todas as entidades estudantis da UFMT e com abertura para demais movimentos sociais.

6º - Ampliação e Fortalecimento da Biblioteca Central. Apoio às atuais demandas dos servidores da Biblioteca e capacitação para suas funções específicas. Estender o horário de atendimento da Biblioteca Central até às 18:00h aos sábados.

7º - Realização de uma jornada de discussão sobre a Reforma Universitária, com palestras, seminários, etc. Que esta programação seja construída com a Administração Superior, Adufmat, Sintuf e DCE.

8º - Esclarecimento Público sobre a entrada de todas as empresas privadas na universidade (UniSelva, DocCenter, Arca Incubadora, etc.). Abertura de investigação para apurar irregularidades nos processos de entrada dessas empresas no campus na UFMT.

9º - Por Café da Manhã no Restaurante Universitário – das 6:30h às 8:00h – para atender às necessidades de estudantes ! Pela melhoria e variedade das refeições.

10º - Que a Universidade se posicione publicamente contra os seguidos aumentos da tarifa de transporte público, utilizando-se de seu estudo em conjunto com a UFRJ que aponta a exclusão de 200 mil pessoas com a tarifa a R$1,60; pela implementação de uma tarifa-social de transporte público e ampliação do Passe-Livre. Educação não é só em sala de aula!